Com as altas temperaturas antes mesmo do início do verão e a proximidade do período de férias e festas, o Corpo de Bombeiros Militar de Três Passos faz um alerta aos banhistas para que todos sejam prudentes e tomem os cuidados necessários a fim de que os momentos de lazer não se transformem em tragédias.
16 brasileiros morrem afogados diariamente, segundo o boletim epidemiológico no Brasil de 2022, da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), sendo a maior parte dessas vítimas na água doce, ou seja, balneários, lagos, piscinas, rios, onde, geralmente, não há presença de guarda-vidas. Os homens morrem 6,7 vezes mais que as mulheres.
Adolescentes têm maior risco de morte. Diariamente, quatro crianças morrem afogadas. 55% das mortes na faixa de 1 a 9 anos de idade ocorrem em piscinas e residências.
Devido à pandemia de COVID19 e o distanciamento social, ocorreu o aumento do tempo de permanência em residência e a redução da frequência nas áreas de lazer aquático, interrompendo a supervisão dos guarda-vidas nessas áreas coletivas elevando a incidência de afogamentos, passando a ser a primeira causa de óbito de 1 a 4 anos, a segunda causa de óbito de 5 a 9 anos, a terceira causa de óbito de 10 a 14 anos e a quarta de 15 a 24 anos, conforme a SOBRASA.
Mais de 90% das mortes ocorrem por ignorar os riscos, não respeitar limites pessoais e desconhecer como agir nessas situações. Para reduzir esses índices, segue uma série de cuidados a serem observados para reduzir a probabilidade de afogamentos.
Em piscinas:
● Bebês e crianças nunca devem permanecer sozinhas e sem observação, inclusive as que estiverem usando coletes ou boias, e sempre ficar, no máximo, a um braço de distância de um adulto.
● Evitar correria e brincadeiras na beira da piscina e, sempre que possível, utilizar a escada para entrar e sair nela.
● Nadar somente na profundidade em que se sentir confortável e seguro.
No mar:
● Nadar apenas em áreas supervisionadas por guarda-vidas.
● Se for pego em uma corrente de retorno, nade paralelamente à orla até escapar dela para só então nadar em direção à areia.
● Caso encontre alguma criança perdida, leve até o posto de guarda-vidas mais próximo.
● Caso sinta-se em perigo, mantenha a calma, tente boiar, faça sinais e chame por socorro.
● Respeite a sinalização das bandeiras nas guaritas, sinais sonoros dos apitos e as instruções dos guarda-vidas.
● Pergunte sempre ao guarda-vidas os locais mais apropriados para o banho.
● Cuidado com os excessos de comida e bebida, principalmente, alcoólica.
● Se sofrer queimadura por água-viva, lave o local com a água do mar e utilize vinagre para neutralizar as toxinas.
● Mantenha as crianças sempre sob a vista de um responsável.
Em rios e balneários:
● Somente conduza embarcações se estiver devidamente habilitado e permaneça longe dos banhistas mantendo uma distância segura.
● Não exceda o número de tripulantes indicados para cada embarcação.
● Todos os embarcados deverão usar coletes salva-vidas normatizados e adequados ao peso.
● Banhistas não devem se afastar da margem e recusar desafios e brincadeiras.
● Não tentar salvar pessoas em afogamento sem ser habilitado. Jogue algum objeto flutuante (bola, boia, embalagem pet, isopor, prancha, corda, galho, remo…) na direção da vítima a fim de facilitar o salvamento.
● Jamais dar pontos (bicos), em águas escuras onde não se vê o que há logo abaixo da superfície nem se há profundidade suficiente para não sofrer qualquer trauma.
Segundo o Dr. David Szpilman, Diretor Médico da SOBRASA, chefe do Centro de Recuperação de Afogados, “afogamento não é acidente, não acontece por acaso, tem prevenção e esta é a melhor forma de tratamento”.
Em caso de emergência, ligue 193 e lembre-se: água no umbigo, sinal de perigo.
Fonte: CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE TRÊS PASSOS
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