O Brasil já é o sétimo país do mundo com maior número de casos confirmados de varíola do macaco (monkeypox), segundo dados de órgãos sanitários internacionais e do Ministério da Saúde. O primeiro diagnóstico ocorreu em São Paulo no dia 8 de junho.
O boletim mais recente, divulgado no fim da tarde desta segunda-feira, mostra que são 813 infecções e 363 casos suspeitos no país. O número se aproxima do da Holanda, que soma 818 pacientes com a doença.
São Paulo registra 595 casos, número que dobrou nas últimas duas semanas. O Rio de Janeiro aparece em segundo lugar (109), seguido de Minas Gerais (42). Nesses estados já há transmissão local do vírus (sem ligação com viagens).
Até esta tarde, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos contabilizava mais de 16,5 mil casos de varíola do macaco em 68 países onde a doença não é endêmica.
A Espanha lidera a lista, com 3.125. Em seguida, aparecem Estados Unidos (2.890), Alemanha (2.268) e Reino Unido (2.208). Não houve mortes até o momento fora do continente africano.
Diante do avanço rápido da doença – os primeiro casos fora da África foram registrados no início de maio – a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no sábado, que a monkeypox é uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional (ESPII).
Esse é o mais alto nível de alerta da agência. O objetivo é convocar governos para uma atuação conjunta.
“Nós temos um surto que se espalha rapidamente pelo mundo, por meio de novos modos de transmissão, sobre os quais nós entendemos muito pouco”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ao declarar a emergência global.
Ele se refere à via de transmissão por contato sexual, observada em 95% dos pacientes em um estudo publicado na renomada revista científica The New England Journal of Medicine, na semana passada.
As tradicionais erupções na pele (rash), observadas em abundância nos pacientes da África, não vêm se repetindo nos pacientes fora daquele continente.
Ao invés disso, muitas vezes pacientes são diagnosticados a partir de uma única lesão na região genital, perianal ou oral.
Ainda assim, trata-se de uma doença possível de ser transmitida por contate de pele prolongado ou por secreções, como saliva. Dessa forma, o contato próximo com pessoas com suspeita da doença ou diagnóstico confirmado deve ser evitado.
Fonte: R7
Foto: Brian W.J. Mahy/CDC
MB
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