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Antidepressivo nasal começa a ser utilizado por pacientes do RS


Um remédio contra a depressão com aplicação pelo nariz entrou em uso no Rio Grande do Sul pelo Hospital São Lucas, da PUCRS, em Porto Alegre. Com efeito rápido, o medicamento é uma alternativa para o tratamento da doença.


"É um tratamento indicado para transtorno depressivo maior resistente ao tratamento, ou seja, aqueles que tentaram pelo menos duas vezes ou duas terapias prévias com antidepressivos convencionais padrão e não tiveram resposta", afirma a psiquiatra Sayra Catalina. Se os remédios conhecidos levam em média quatro semanas pra fazer efeito, nesse caso, são necessárias apenas poucas horas para que o paciente já comece a sentir a melhora. O remédio a base de cloridrato de escetamina foi aprovado para o uso no Brasil há um ano e meio. A forma que ele age no organismo é a principal diferença deste para os outros tratamentos.


"No caso deste antidepressivo nesta apresentação spray nasal, ele atinge a via sistêmica e age diretamente nos receptores do cérebro em aproximadamente sete minutos depois da primeira aplicação", afirma a psiquiatra.


Porto Alegre é a capital que mais tem casos de depressão no país. De acordo com pesquisa do Ministério da Saúde, 17,5% dos entrevistados responderam que enfrentam um caso assim, acima da média nacional, que é de 11,3%. No RS, no entanto, apenas o São Lucas tem o tratamento. O medicamento pode ajudar a reduzir as taxas de depressão no estado.


"O nosso desejo, como profissionais da área da saúde, é que, algum dia, todas essas alternativas inovadoras e com resultados promissores, possam estar disponíveis para toda a população", afirma Catalina.


Depressão

A doença pode se desenvolver por fatores genéticos; por questões sociais, como a violência e desigualdade; comportamentais, como maus-tratos e traumas, por exemplo; e até fatores climáticos. O inverno mais intenso e prolongado, em comparação com as outras capitais e o esforço do sistema de saúde em diagnosticar precocemente a doença, podem colaborar para o alto índice no RS.


Desânimo, tristeza, ansiedade, pensamentos de morte, são sintomas mais comuns da depressão. A assistente administrativa Maira Pedro convive com uma pessoa que foi diagnosticada com a doença. "As pessoas falam que depressão é frescura, mas não é. Quando tem perto da gente, vemos que não é frescura." Para ajudar alguém com a doença, é importante saber ouvir, não diminuir o problema e sempre incentivar a busca por apoio psicológico. Fonte: G1 - RS

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